Empresas participantes do Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBr-2023), que reuniu empreendedores dos setores culturais e criativos do Brasil e de outros países, se interessaram em promover espetáculos com Escola do Futuro de Goiás em Artes Basileu França, que contou com dois representantes no evento. O vice-diretor do Basileu França, professor Juliano Silvestre, e a professora de Circo Lua Barreto foram contemplados no edital de chamamento do Ministério da Cultura e viajaram com todas as despesas pagas para Belém/PA, entre os dias 08 e 12 de novembro. O MICBr é um megaevento de negócios, uma iniciativa conjunta do Ministério da Cultura e da Organização dos Estados Ibero-americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI). Nesta entrevista, Juliano Silvestre detalha os resultados do MICBr 2023.
Como foi a experiência de participar do MICBr2023, em Belém (PA)?
Nos quatro dias que passamos lá em Belém foi uma experiência de uma profunda efervescência cultural, no sentido de que a cultura voltou. Voltou no formato de fortalecimento das políticas públicas, de mais recursos e principalmente de uma questão de aproximação da classe cultural que até então não tinha.
Durante esses quatro dias em Belém, representando o estado de Goiás, representando a Escola do Futuro Basileu França, nós pudemos mostrar os produtos e serviços culturais que o Basileu França promove e produz. E aí a gente conseguiu fazer conexões com muitas pessoas dentro e fora do Brasil. Como, por exemplo, com a produção de um festival internacional de circo do Canadá, que está interessado no nosso circo do Basileu França. A gente vai ter uma reunião de alinhamento na última semana de novembro. Eles querem assistir alguns vídeos dos nossos alunos do Corpo Circense. Tivemos, também, um contato com a diretora de um teatro de Córdoba, na Argentina, que também se interessou pelo trabalho da dança. Outro contato interessante foi com a cidade de Resistência, também na Argentina, interessado no circo.
Aqui no Brasil, uma produtora do Paraná, que faz todo o acompanhamento da Lei Rouanet, pode entrar como parceira nos fomentos dessa lei aqui no estado de Goiás.
Conseguimos abrir muitos caminhos, muitas possibilidades que vão gerar negócios a partir de janeiro ou fevereiro de 2024. Nesses últimos meses desse ano, estamos nos alinhamentos dos contatos que nós fizemos, para já começar a anunciar muita coisa boa para 2024 em relação ao que aconteceu no MICBr 2023.
Você acha, então, que já em 2024 a Escola Basileu França vai ter algum evento relacionado a esses projetos que você citou?
Certeza que sim. Seja no musical que nós estamos trabalhando, via Lei Rouanet, seja no circo, seja na dança, estamos preparando muita coisa pra anunciar a partir do segundo semestre de 2024, relacionada ao evento do MICBr 2023. O próprio governo está fortalecendo as políticas públicas, isso serve também de termômetro para que apareçam mais e mais investidores culturais. Como por exemplo, tivemos o Sesc São Paulo e o Sesc do Paraná, e outras empresas também interessadas nos produtos do Basileu França.
A EFG Basileu França foi uma das poucas escolas públicas de arte que participou do MICBr 2023?
É até interessante essa pergunta, porque eu falava, mostrava o portfólio do Basileu, que temos um teatro para 640 lugares, que é uma escola com 67 anos de existência, uma escola que tem 4.500 alunos, 200 professores…e as pessoas ficavam espantadas e perguntavam: Isso existe no Brasil? Eu respondia: Sim! Existe, é pública, é gratuita. É bancada com recursos públicos do Estado de Goiás. O Brasil não conhece a Escola do Futuro Basileu França! Somos conhecidos mais fora do país, do que aqui. E esse evento serviu pra mostrar que em Goiás, a região centro-oeste, tem uma escola pública forte em artes.
E aconteceram muitos eventos, esse ano, produzidos pela Escola do Futuro Basileu França. Como você avalia tudo isso?
Estamos finalizando 2023 muito felizes, por termos alcançado 100% das nossas metas. Nossas orquestras muito bem avaliadas, fazendo turnês. Os nossos bailarinos no Prix de Lausanne, que é a copa do mundo para os bailarinos. Tivemos a Mostra teatral Desaguar, que teve recorde de público. A FeirArte, que comercializa toda a produção dos alunos das artes visuais. Tivemos também o II Festival Internacional de Circo esse ano. Todas as áreas do Basileu França conseguiram cumprir todas as metas e o resultado foi prêmios e mais prêmios para os alunos e a escola.